No começo e fim de todos os tempos, existiam duas entidades igualmente proporcionais: o Tudo e o Nada. O Tudo era composta do material ou imaterial, individual ou coletivo, aquilo que é: a coisa. Juntamente a isso existia o Nada, que contrapunha aquilo que era de cunho do Tudo, dando dimensão e admitindo o paradoxo, existindo aonde não havia, tornando-se, abstrato.
Enquanto uma tentava explicar a existência por meio da criação, a outra abria margens para a dúvida, incerteza e negação. Mas nenhuma dava conta de responder o existir.
Essas duas entidades viviam seu discurso. Não conseguindo abranger a complexidade desta resposta que procuravam. Então começaram a se comunicar desta maneira Tudo e Nada foram se expandindo no infinito.
Nada questionara Tudo que, achava que a resposta para todas as coisas estaria na criação, se perdeu ao questionar-se. Era necessário fazer com que todas as criações fossem feitas cadência, respeitando sua lógica paradoxal, para que possam ser entendida em sua complexidade. Logo então, criou-se o primeiro lapso de tempo.
Deu-se inicio, enfim, a resposta que procuravam.